A formação do Bairro Guaianazes
é a mesma de Itaquera, ambos nascidos de aldeamentos indígenas e do
esforço dos jesuítas na catequese. O aldeamento prosseguiu até 1920, com
a extinção total dos índios. As terras logicamente foram "passadas"
para brancos particulares.
No início, tornaram-se parada e pousada de viajantes e,
como sempre, ergueu-se uma igreja. Dessa vez em homenagem a Santa Cruz
do Lajeado (é como ficou conhecido: Lajeado). O local cresceu lentamente
com a instalação de diversas olarias nas imediações e com a chegada dos
trilhos da Estrada de Ferro Norte. A partir dos anos 40 o bairro se
tornou mais populoso e em 1948 recebeu oficialmente o nome de
Guaianazes, que era a tribo que o habitava.
A grande população e a falta de indústrias no local deram fama a Guaianazes de "bairro-dormitório".
Atualidade
Guaianazes
no extremo leste de São Paulo, já foi apontado como um dos bairros mais
carentes da cidade, ao lado de Jardim Ângela, Grajaú, Pedreira, Jardim
São Luís e Jardim Helena.
Esses dados são alavancados, pois nesse periodo o distrito
de "Cidade Tiradentes", ainda fazia parte da sub-prefeitura de
Guaianazes. Então o bairro agrupava toda esse região também, conhecida
como uma das mais carentes da cidade. Uma região que por muitos anos
fora esquecida pelas autoridades.
A região conta com distritos mais desenvolvidos, como a
região central, e o Jardim São Paulo; que conta com duas faculdades, um
Hospital Geral público, uma Escola Técnica, e casas de classe
média-baixa.
Segundo dados da Fundação Seade no ano 2000, 60,2% dos
chefes de família recebem no máximo três salários mínimos. Mais de 15%
dos 400 mil moradores viviam em regiões invadidas (favelas), número mais
alto que do município como um todo: 11%. A taxa de analfabetismo é de
7,7% quando a média da cidade é de 4,88% e as taxas de defasagem escolar
também são altas, muito embora não faltem vagas nas escolas municipais
da região, segundo a subprefeitura.
As condições sociais favorecem a violência. Uma outra
pesquisa da Fundação Seade divulgada em 2004 colocou Guaianazes entre os
distritos com maior número de homicídios da capital, superando 85 para
cada grupo de 100 mil habitantes (Considerando-se mortos dos distritos
de Cidade Tiradentes e Lageado). A média de São Paulo ficou em 47, e os
distritos menos violentos registraram números abaixo de 7 homicídios.
As favelas representam um caso mais complexo. A maioria das
ocupações irregulares data de décadas atrás e boa parte das moradias já
é de alvenaria. A solução seria, de acordo com a subprefeitura local,
regularizar os espaços, especialmente no extremo do Jardim São Paulo,
Fazenda Santa Etelvina e Passagem Funda.
Educação
O distrito conta com o CEU Jambeiro. Que possui três
quadras poliesportivas, dois campos de futebol e três piscinas, além de
telecentro e biblioteca, o CEU se transforma em um clube nos finais de
semana e reúne até mil pessoas nos finais de semana mais quentes. O
centro oferece ainda uma extensa programação cultural, com filmes, shows
de música, teatro e campanhas de saúde voltadas à comunidade.
No CEU estudam mais de dois mil alunos, do ensino infantil
até à 8ª série do ensino fundamental. Deste total 260 estudam em período
integral. No tempo extra em que ficam no colégio os estudantes têm
aulas de informática, xadrez e dança, entre outros.
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